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A Comunicação Acústica dos Elefantes

    Home ciência A Comunicação Acústica dos Elefantes
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    A Comunicação Acústica dos Elefantes

    By seb | ciência | 4 comments | 31 março, 2014 | 7

    Os sinais acústicos (ou sons) são omnidirecionais (viajam em todas as direções) e podem ser transmitidos a uma grande audiência, incluindo ouvintes intencionais e não intencionais, que podem estar à vista ou não. Como os sinais acústicos são propositais e de curto prazo, são utilizados para informar sobre situações imediatas, em vez de estados constantes. Através da reflexão, refração e absorção, os sinais acústicos são reduzidos pelo meio ambiente, de modo muito mais intenso nos casos de sons de alta frequência do que nos casos de sons de baixa frequência. Os elefantes são especialistas na produção de sons de baixa frequência e no uso da comunicação de longa distância.

    comunicação acústica

    Erin vocaliza depois de acasalar com Ed. (©ElephantVoices)

    A gama de sons produzidos pelos elefantes

    Os elefantes produzem uma grande variação de sons, que vão desde bramidos de baixa frequência a sons de frequência mais alta, como trombeteios, roncos, latidos, rugidos e gritos, além de outros chamados idiossincráticos. Os elefantes asiáticos também produzem chilros. O som mais frequente, pelo menos no caso dos elefantes africanos, é o bramido. Você pode encontrar, ouvir e ler a respeito dos sons produzidos no nosso Banco de Dados de Chamados – Tipos de Chamados e Contextos.

    Para compreendermos melhor a variação de sons utilizados por elefantes, podemos compará-los à variação utilizada pelos humanos. Uma típica voz humana masculina conversando flutua em torno de 110 Hertz (Hz, ou ciclos/seg.); a voz feminina, ao redor de 220Hz, e a voz de uma criança, em torno de 300Hz. Nos elefantes, o bramido do macho flutua em torno de 12Hz (mais de 3 oitavas abaixo da voz humana masculina); o de uma fêmea, em torno de 13Hz; e o de um filhote, em torno de 22Hz.

    Na fala humana, o índice de vibração pode variar acima da proporção de 2:1, ou seja, mais que 1 oitava, enquanto a voz de um cantor pode variar mais que 2 oitavas. Comparando com os elefantes, um único chamado pode variar mais de 4 oitavas, começando com um bramido de 27Hz, que evolui para um rugido de 470Hz! Incluindo a harmonia, o chamado dos elefantes pode variar mais de 10 oitavas, indo de um baixo de 10Hz e alcançando um alto de mais de 10.000Hz. Imaginem uma composição musical com alguns elefantes líricos!

    Os elefantes podem produzir sons bastante sutis, como também sons extremamente poderosos. Você pode ouvir dois exemplos clicando nas figuras que aparecem ao lado da tabela, neste link. Alguns dos chamados produzidos por elefantes podem chegar a 112 decibéis (dB) gravados a um metro da fonte. Os decibéis são medidos em escala logarítmica, e, para podermos exemplificar o quão alto o som de alguns elefantes pode chegar, copiamos a informação de uma tabela do The Science of Sound, por T. D. Rossing, que fornece exemplos de sons mais comuns.

    tabela comunicação acústica

    Como os elefantes produzem uma variedade tão grande de sons?

    O som é produzido na medida em que o ar é expelido dos pulmões, passando pelas cordas vocais ou pela laringe, uma estrutura que mede 7,5cm nos elefantes. O ar em movimento leva à vibração das cordas vocais em uma determinada frequência, dependendo do tipo de som que está sendo produzido. A variedade de frequências produzidas resulta do encompridar ou do encurtar das cordas vocais. A coluna de ar vibra no trato vocal estendido ou câmara ressonante e, dependendo da maneira em que o elefante mantém os vários componentes da câmara (tromba, boca, bolsa faríngea, laringe), ele pode modificar e amplificar os diferentes componentes do som.

    Alguns chamados dos elefantes estão associados a determinadas posturas da cabeça e da orelha. Acreditamos que, colocando sua cabeça em determinada posição e movimentando suas orelhas em um determinado ritmo e ângulo, o elefante pode afetar a musculatura em torno da laringe a fim de modificar um chamado e atingir um som desejado. Ouçam um bramido associado ao frenesi sexual, que também está associado a uma forma de movimentar suas orelhas, conhecida como orelhas em ondulação.

    comunicação acústica

    Masaku fazendo movimento de ondas com as orelhas, ou Orelhas em Ondulação / Ear-Waving. (©ElephantVoices)

    Resultados bem diferentes são alcançados com um mesmo tipo de duração e frequência de bramido, dependendo se a boca se encontra aberta ou fechada, se a cabeça está alta ou baixa, as orelhas fixas ou movimentando-se devagar ou rapidamente, ou levantadas ou dobradas. E, dependendo da posição da tromba e da velocidade e duração do ar movimentando-se dentro dela, os elefantes podem produzir uma impressionante gama de sons de alta frequência.

    Os elefantes podem produzir sons de baixa frequência por vários motivos. Em primeiro lugar, produzem sons baixos devido ao tamanho de seu corpo, pois, como nos instrumentos musicais, quanto mais longa e solta a corda vocal, e quanto maior a câmara ressonante, mais baixa será a frequência produzida. Além do tamanho avantajado, os elefantes possuem várias adaptações que os permitem tornar suas câmaras ressonantes ainda maiores e suas cordas vocais mais compridas, produzindo sons ainda mais baixos que os esperados.

    A primeira adaptação é a sua tromba, que, no caso de um macho adulto, pode adicionar até 2m no comprimento da câmara ressonante.

    comunicação acústica

    Handsome, macho do Amboseli. (©ElephantVoices)

    Em segundo lugar, as estruturas do aparelho hioideo (uma série de ossos na base da língua) e a musculatura que dá suporte à língua e à laringe nos elefantes são diferentes dos outros mamíferos. O aparelho hioideo dos elefantes contém cinco, em vez de nove ossos, que são ligados ao crânio por músculos, tendões e ligamentos, e não por ossos, como ocorre na maioria dos outros mamíferos. Isso permite uma maior flexibilidade e movimentação da laringe, o que facilitaria a produção e a ressonância de sons de baixa frequência.

    Em terceiro lugar, na maioria dos mamíferos, o aparelho hioideo dá suporte à língua e à laringe. A estrutura menos rígida nos elefantes também contém uma bolsa faríngea, estrutura única dos elefantes, localizada na base da língua que, além de providenciar uma fonte de água emergencial, também parece auxiliar na formação de sons de baixa frequência.

    Nos seres humanos e, por inferência, também nos elefantes, os músculos da laringe auxiliam na contração e no relaxamento das cordas vocais. Quanto maior a flexibilidade da laringe, maior será a habilidade desses músculos se esticarem e relaxarem, o que afeta a contração e o relaxamento das cordas vocais e, consequentemente, a altura ou a frequência do som produzido. Portanto, a modificação do aparelho hioideo nos elefantes permite acomodar a bolsa faríngea, além de, ao abaixar a laringe que se encontra fixada de forma frouxa, levar também ao aumento da câmara ressonante. Como consequência, os elefantes são capazes de produzir sons de baixíssima frequência.

    A bolsa faríngea

    Diante de temperaturas extremamente altas, os elefantes parecem inserir suas trombas em sua cavidade bucal a fim de retirar água de suas gargantas. O que ocorre é que eles são capazes de armazenar muitos litros de água em sua bolsa faríngea, estrutura essa exclusiva desses animais e localizada na base da língua. Os elefantes são capazes de retirar água armazenada, ao inserir sua tromba na faringe, contrair os músculos periféricos, lacrar a região da ponta da tromba e, então, contrair os músculos da bolsa faríngea de forma que a água seja esguichada para cima, permitindo que o animal encha a sua tromba.

    A transmissão do som

    Os bramidos representam os sons mais frequentemente produzidos pelos elefantes. Esses sons, de baixíssima frequência, foram  denominados de bramidos estomacais, pois se acreditava que eles eram originados no trato digestivo! Esses sons atraíram muito interesse e foram pesquisados, principalmente, por dois motivos. Primeiro, porque seus componentes mais baixos se situam a uma ou duas oitavas abaixo do limite da audição humana. E, em segundo lugar, como esses sons percorrem distâncias maiores do que sons de frequências mais elevadas, os elefantes usam os mais poderosos desses chamados para se comunicarem a longas distâncias.

    comunicação acústica

    Belinda responde a um chamado de contato de sua família. (©ElephantVoices)

    Quando atravessa o ar, o som é atenuado pela lei do inverso do quadrado, em 6 decibéis (dB), para cada vez que se dobra a distância da fonte de som. Portanto, um som de 100dB a um metro da fonte será reduzido a 94dB a 2 metros, a 88dB a 4 metros, a 82dB a 8 metros, e assim por diante. O som também é atenuado, à medida que passa pelo meio ambiente, através da “atenuação excessiva”. O grau de atenuação é afetado pela frequência do som e também pelo tipo de ambiente que ele está percorrendo. Mas, no caso de um som de frequência muito baixa, como no caso do bramir dos elefantes, ocorre muito pouca atenuação excessiva. Em savanas verdejantes ou em florestas, elefantes se comunicando a distâncias superiores a 100m percebem chamados de baixa frequência melhor que chamados de frequência mais alta. Grupos de elefantes muitas vezes têm mais de 100m de diâmetro, e subgrupos são frequentemente separados por vários quilômetros. Eles se comunicam através de seus poderosos bramidos.

    Alguns desses chamados são tão poderosos que chegam a alcançar até 112dB a 1m da fonte. Esses chamados seriam classificados como intoleráveis, na tabela apresentada anteriormente. Qual a distância que este som pode percorrer? Usando a lei do inverso do quadrado, podemos estimar que um som de 112dB a 1m chegaria a aproximadamente 46dB a 2.048m da fonte. Através de gravações, Karen McComb demonstrou que, durante o dia, os elefantes não só detectam, como também reconhecem as vozes de indivíduos a 1-1,5km, podendo chegar até a 2,5km da fonte!

    comunicação acústica

    Em condições propícias, um elefante pode ter uma abrangência de 300 quilômetros quadrados em seu chamado. (©ElephantVoices)

    Algo interessante acontece na transmissão do som, dependendo da hora do dia. Na savana, foi demonstrado que as condições do meio ambiente apresentam um ciclo diurno bastante regular. Já na caída da noite, normalmente ocorre uma grande inversão na temperatura, e isto permanece até o amanhecer. Os momentos mais propícios aos chamados ocorrem durante a formação e a dissipação dessas inversões térmicas, especialmente quando as condições do tempo estão favoráveis (céu claro, tempo firme). Nessa situação, o chamado de um elefante pode abranger uma área de 300km2, que corresponde quase ao tamanho do Parque Nacional Amboseli! Em outras palavras, um elefante pode detectar um chamado de outro elefante a quase 10km de distância. Durante o dia, sem o auxílio da inversão e sob a ação de sol forte com a presença de vento, o alcance do chamado diminui sensivelmente, atingindo uma área de até 150km2.
    Além dos bramidos de baixa frequência serem bastante adequados à comunicação a longa distância, a estrutura harmônica do som permite que os elefantes calculem a distância daquele chamado. Quando próximos, a estrutura harmônica do som permanecerá intacta, mas, à medida que a distância aumentar, as frequências mais altas enfraquecerão, até o ponto em que somente as frequências médias e baixas persistirão.

    A Detecção do Som

    O limite máximo de audição através do ar, em mamíferos, varia de 12 kHz (elefantes) a 114kHz (morcego marrom), e o limite mínimo varia de menos de 0,016kHz (elefantes) a 10,3kHz (morcego marrom), uma variação de mais de 9 oitavas.

    Mamíferos com pequenas cabeças e orelhas próximas têm uma melhor percepção de sons de alta frequência, se comparados a animais com grandes cabeças e orelhas bem espaçadas. Os grandes mamíferos geralmente são especializados em sons de baixa frequência, pois um crânio maior acomoda canais auditivos mais longos, membranas timpânicas maiores (a membrana que separa o ouvido médio do ouvido externo), além de ouvidos médios maiores. De que maneira estes fatores favorecem uma maior sensibilidade aos sons de baixas frequências?

    comunicação acústica

    Fêmea reagindo a um som. (©ElephantVoices)

    Na audição normal, as ondas sonoras causam a vibração do tímpano e dos ossículos do ouvido médio, produzindo movimentos na janela oval e mudando o gradiente de pressão do fluido coclear.

    Uma dificuldade com sons de baixa frequência é o nível do sinal para a proporção de ruído. Em frequências mais baixas, há uma tendência de haver mais ruído ao fundo. Desse modo, os animais especializados em escutar sons de baixa frequência têm que ter um modo de distinguir sinal de ruído. A quantidade de energia de som coletada pela membrana timpânica aumenta conforme aumenta a área da membrana, aumentando assim o sinal para a proporção de ruído ao nível do ouvido interno. Assim, quanto maior a membrana timpânica, mais o animal está apto a ouvir sons de baixa frequência. Os pequenos ossos do ouvido médio (martelo, bigorna e estribo) têm que resistir às forças maiores produzidas pela vibração de uma membrana timpânica maior, então animais com membranas timpânicas maiores também têm ossículos do ouvido médio relativamente maciços. Uma bigorna de uma elefanta africana adulta (coletada por Joyce do crânio de uma elefanta chamada Emily, que morreu em setembro de 1989, quando tinha 39 anos) pesava 237mg. O martelo e o estribo dessa elefanta foram estimados por Numella e seus colegas em 278mg e 22,6mg, respectivamente, e a membrana timpânica teria 866mm quadrados.

    Membranas timpânicas maiores apresentam, entretanto, um problema:  as membranas timpânicas dos mamíferos são extremamente finas, e o risco de se ferirem e se machucarem deve ser a razão pela qual as membranas timpânicas da maioria dos adultos maiores tenham se tornado grandes demais. O enorme crânio dos elefantes, contudo, permitiu uma evolução do canal do ouvido externo para aproximadamente 20cm de comprimento, provendo proteção adequada para essa grande membrana timpânica. Uma vez que os grandes ossos do ouvido médio dos elefantes não impedem a transmissão dos sons de baixa frequência e a grande membrana timpânica permite sinais altos para a proporção de ruídos, o ouvido médio dos elefantes reflete uma adaptação especial para ouvir sons de baixas frequências.

    Finalmente, mais uma estrutura do ouvido dos elefantes – a cóclea – pode facilitar a audição de sons de baixa frequência. Junto com seus parentes, os sirênios (obs.: a ordem dos sirênios é composta por mamíferos aquáticos predominantemente herbívoros, parentes próximos dos atuais elefantes) – peixes-boi e dugongos –, os elefantes são os únicos entre os mamíferos modernos a terem retrocedido a uma estrutura da cóclea parecida com a dos répteis, o que pode facilitar uma grande sensibilidade a baixas frequências. Uma vez que a estrutura da cóclea dos répteis facilita uma aguçada sensibilidade a vibrações, foi sugerido que uma estrutura similar nos elefantes também pode ajudá-los a detectar sinais de vibração.

    comunicação acústica

    Elefantes agrupados e tentando estimar o nível de perigo, ao ouvir uma gravação de chamados de hienas. (©ElephantVoices)

    Então, com todas essas adaptações especiais, o quão baixo os elefantes podem ouvir? O único estudo sobre a sensibilidade auditiva dos elefantes foi desenvolvido com os elefantes asiáticos. Infelizmente, o estudo foi concluído dois anos antes de se descobrir que os elefantes produziam sons de baixíssima frequência e, portanto, não foram testados esses sons. Mas sabemos, através desse estudo, que os elefantes ouvem muito bem nas frequências de ultrassom (abaixo da audição humana). Uma elefanta asiática em particular podia ouvir sons tão baixos como 16Hz a 65dB. Uma vez que 65dB pode ser descrito como um som de moderado a barulhento, presumivelmente elefantes podem ouvir significativamente mais baixo do que isso. Joyce tem gravações de chamados de elefantes tão baixos como 8Hz, e outros reportaram sons de 5Hz, então parece que os elefantes têm um modo de detectar esses sons de baixíssimas frequências, pois, de outro modo, por que os produziriam? Estudos recentes mostraram que os bramidos dos elefantes também são transmitidos através do solo, ou sismicamente. Se algum dia descobrirmos que os elefantes não podem ouvir sons tão baixos quanto 5Hz, então poderemos concluir que eles os recebem com a ajuda de seus sensíveis pés (você pode ler mais sobre isso em Comunicação Sísmica).

    Por outro lado, os elefantes não podem escutar acima de 12 kHz, tornando-se os animais com o mais baixo limite de audição de alta frequência entre qualquer mamífero testado.

    Localização do Som

    Elefantes são muito bons para localizar sons. Foi sugerido que quanto maior o espaço entre as orelhas do animal (distância interauricular), maior sua habilidade de localizar sons, pois a diferença entre o tempo e a intensidade em que atingem cada ouvido pode ser usada como pista para a localização do som. Os elefantes estendem suas orelhas perpendicularmente a suas cabeças para melhor localizarem os sons.

    comunicação acústica

    Elefante do Amboseli tentando localizar um chamado de outro elefante. (©ElephantVoices)

    Uma elefanta asiática jovem cuja audição foi testada era capaz de localizar cliques e estouros ruidosos com alcance de 1 grau. Ela era menos eficiente para distinguir tons, mas era mais capacitada para distinguir tons de baixa frequência do que de frequência mais elevada. Abaixo de aproximadamente 300Hz ela era capaz de localizar tons de 10 graus com 75% de precisão; de 20 graus, com cerca de 80% de precisão; e de 30 graus, com cerca de 90% de precisão.

     
    Link para o texto original da ElephantVoices.

    ciência, comunicação, comunicação acústica
    • VANDA março 31, 2014 at 10:03 pm

      Como é bom saber mais e mais sobre elefantes amo!!!!

    • Eliani abril 2, 2014 at 8:24 pm

      Adorei a matéria, interessantíssima curto elefantes. Gratidão SOS pesquisadores e a estas informações.

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    O SEB

    O Santuário de Elefantes Brasil (SEB) é uma organização sem fins lucrativos que ajuda a transformar as vidas e o futuro dos elefantes cativos da América do Sul, devolvendo a eles a liberdade de poder ser quem querem e merecem ser – elefantes.

     

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    Santuário de Elefantes Brasil

    elefantesbrasil

    Quando Bambi chegou ao santuário, ela já tinha u Quando Bambi chegou ao santuário, ela já tinha uma catarata no olho esquerdo, que causava cegueira desse lado. Com o tempo, ela desenvolveu uma catarata também no olho direito, o que tem prejudicado ainda mais sua visão. Apesar de receber colírios diariamente para tentar dissolver as cataratas e retardar sua progressão, a realidade é que ela terá algum grau de deficiência visual pelo resto da vida. Aos poucos, Bambi tem se adaptado às mudanças que está enfrentando.

Uma das coisas que temos notado recentemente é que, às vezes, Bambi caminha usando a tromba para varrer de um lado para o outro à sua frente — de forma semelhante a como uma pessoa cega usa uma bengala para identificar obstáculos no caminho. É como se ela estivesse verificando se há algo à sua frente.

Felizmente, sua visão reduzida não parece estar afetando seu bem-estar emocional no momento. No início, ela parecia ter perdido um pouco de confiança ao começar a enxergar menos, mas isso não tem sido evidente ultimamente. Bambi continua explorando os recintos ao lado de Maia e Guillermina. (Ela ainda é, às vezes, uma “tia rabugenta”, mas também pode ser uma “tia carinhosa” quando está no clima para brincar com Guille.) É impossível saber exatamente quanto ela ainda enxerga. Mesmo após exames e testes realizados por um veterinário oftalmologista especializado, não há como determinar com precisão o quanto sua visão foi afetada. No entanto, seu comportamento sugere que ela enxerga menos do que há seis meses. Ver como ela tem se adaptado a essas mudanças é encorajador e mostra a garra que Bambi demonstra ao enfrentar desafios.

P.S.: Para quem se pergunta se Bambi poderia passar por uma cirurgia para remover as cataratas, ela não é uma boa candidata para esse tipo de procedimento. Seria perigoso submetê-la à anestesia, especialmente considerando sua idade e histórico de saúde. Além disso, o tipo de catarata que ela apresenta tende a se desintegrar facilmente durante a tentativa de remoção, o que torna a cirurgia, muitas vezes, malsucedida. No geral, os riscos superam os possíveis benefícios — especialmente porque ela está se adaptando bem à nova condição.
    Como todos que acompanham a Pupy já sabem, ela pa Como todos que acompanham a Pupy já sabem, ela parece estar adorando seu novo lar, aproveitando toda a vegetação, árvores, arbustos e cascas deliciosas. Está criando novas trilhas por todo o recinto e cobrindo uma área impressionante — especialmente para uma elefanta que não teve a chance de caminhar longas distâncias ou pastar livremente nos últimos 30 anos.
Neste vídeo, você pode ver que Pupy finalmente derrubou uma árvore alta — sua primeira (e até agora única). Ela se posicionou estrategicamente embaixo dela para beliscar os galhos. É uma “primeira vez” divertida, de muitas que ainda virão.
P.S.: Você talvez note uma mancha prateada perto da presa da Pupy. É um spray cicatrizante que ajuda a curar pequenos machucados rapidamente. Graças à sua nova paixão por derrubar árvores, Pupy está com um arranhão superficial em ambos os sulcos (a pele ao redor das presas). Mesmo as menores lesões são tratadas com cuidado, para que ela entenda que estamos aqui para ajudá-la — e para que possa continuar explorando e brincando com todo seu entusiasmo e curiosidade.

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    Estamos felizes em ver tantos novos apoiadores des Estamos felizes em ver tantos novos apoiadores desde a chegada de Pupy! Por isso, queremos apresentar algumas das elefantas mais antigas do Santuário de Elefantes Brasil — e relembrar suas histórias com quem já nos acompanha.

Hoje é dia da Bambi!
Ela entrou em nossas vidas em 2013, quando a visitamos no Zoológico de Leme (SP). Tinha uma energia alegre, mas ofuscada pelas circunstâncias: havia sido resgatada de um circo após mais de 40 anos sendo usada como entretenimento. O zoológico a recebeu temporariamente e chegou a pedir que a levássemos, mas ainda não tínhamos a propriedade do santuário.

Só voltamos a vê-la sete anos depois, quando uma decisão judicial garantiu sua liberdade. Vivendo no zoológico de Ribeirão Preto, ela estava assustada após um conflito com outra elefanta, Maison. Passava os dias recolhida num cantinho de seu galpão. No transporte para o santuário, Bambi demorou a entrar no container — esticava sua longa tromba para buscar petiscos e recuava. Mas quando sentiu a mudança no ar, entrou por vontade própria.

Na época, ela estava na casa dos 50 anos, cega do olho esquerdo, com mais de 450 kg abaixo do peso ideal e com a pele coberta por camadas de células mortas. No santuário, Bambi se aproximou de Rana e Mara. Formaram o trio “Meninas Superpoderosas”, até que Mara começou a se afastar. Depois disso, Bambi ficou um tempo sozinha — até que Maia surgiu ao seu lado. Desde então, as duas são inseparáveis e hoje também contam com a companhia de Guillermina.

Agora com cerca de 60 anos, Bambi está perdendo a visão do outro olho, mas nunca está sozinha: suas amigas cuidam dela com carinho e estão sempre por perto. Sua energia brincalhona está mais suave, embora ela ainda aprecie a alegria juvenil de Guillermina. Quando precisa, basta um chamado — e o apoio vem.

Você pode fazer parte de sua história, adotando a Bambi (link na bio) 💛
    Há cerca de 4 anos e meio, um incêndio varreu a Há cerca de 4 anos e meio, um incêndio varreu a propriedade do seb.
Quem nos acompanhava na época deve se lembrar que nenhum humano, elefante ou outro animal foi ferido, mas o habitat das fêmeas africanas sofreu grandes danos. Permitimos que o fogo atravessasse essa área porque não havia elefantas vivendo ali naquele momento, e queríamos contê-lo em um ponto mais seguro. Como resultado, várias árvores morreram — e deixamos esses troncos no local caso, no futuro, as elefantas africanas quisessem se divertir destruindo-os. E parece que a Pupy está se divertindo bastante com isso.

Ela tem demonstrado prazer em empurrar os troncos queimados e derrubá-los com facilidade. Decidimos caminhar ao longo da cerca para observar os caminhos que ela está abrindo e as árvores que está derrubando. Até agora, ela derrubou apenas uma árvore grande, e realmente está criando trilhas, embora nem sempre as siga. Para quem se preocupa com a quantidade de árvores sendo derrubadas, vale lembrar que sim, a Pupy vai fazer algumas reformas por ali. Atualmente, ela tem cerca de 5 hectares à disposição e, em breve, terá acesso a mais da metade dos 32 hectares da nova expansão. Com a nova equipe de soldadores, o progresso está avançando bem.

Importante lembrar que nenhuma das árvores — com exceção de algumas grandes árvores antigas (que estão sendo protegidas com cercas) — existia quando o SEB foi fundado; a área era quase totalmente coberta por pastagem para gado. Quando o solo tem tempo para se regenerar, a natureza floresce — e agora há vegetação de sobra para a Pupy explorar e se divertir.

Também estamos observando o que ela está comendo no habitat. De vez em quando, ela leva alguns galhos até o galpão, ou seja, definitivamente ela não é do tipo que desperdiça. Descobrimos também que ela tem uma espécie favorita de árvore — e estamos secando uma amostra para identificação oficial. Ela tem adorado arrancar a casca dessas árvores específicas para comer, além de mastigar os galhos inteiros. Fora os troncos mortos que ela empurra, ela tem se concentrado em árvores menores por enquanto. Parece que está descobrindo que toda essa vegetação é dela, e ela pode aproveitar como quiser.
    Para o Sunday Smile desta semana, trazemos um olha Para o Sunday Smile desta semana, trazemos um olhar bem de perto da Pupy acomodada tranquilamente em um cantinho aconchegante do habitat. Ela encontrou um galho para mastigar com calma e parece não ter pressa nenhuma para ir a lugar algum. O vídeo também permite ver suas magníficas orelhas de elefanta africana balançando lentamente — abanando seu corpo e ajudando a espantar os insetos.

#elefantes #elefantesbrasil #seb #santuariodeelefantesbrasil #santuariodeelefantes #chapadadosguimaraes #matogrosso #vempramanada #pupynoseb #pupynaárea #jornadadapupy
    Em pouco tempo de santuário, parece que a Pupy re Em pouco tempo de santuário, parece que a Pupy rejuvenesceu. Graças ao spa natural — com esfoliação gentil e uma camada de lama — sua pele está com aparência nutrida e radiante. Seus movimentos estão cheios de energia e curiosidade. Suas orelhas abanam mais e ela mantém a cabeça erguida. O caminhar da Pupy está mais rápido, leve e confiante. Na verdade, seu novo jeito de andar lembra bastante o de Guillermina!
Você ainda reconhece essa menina de olhar tão vivo?
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