IDADE
44 anos
ESPÉCIE
africana, fêmea
APELIDOS
Keke, Kenynha
PERSONALIDADE
Pode ser bem reservada e defensiva, mas também é muito afetuosa e inteligente
CONDIÇÕES DO CORPO
Um pouco acima do peso
IDADE
44 anos
ESPÉCIE
africana, fêmea
APELIDOS
Keke, Kenynha
PERSONALIDADE
Pode ser bem reservada e defensiva, mas também é muito afetuosa e inteligente
CONDIÇÕES DO CORPO
Um pouco acima do peso
CURIOSIDADE
Kenya uma vez perseguiu um repórter que estava ao lado dela fazendo uma reportagem
HISTÓRICO
Nenhum registro sobre ela
SAÚDE
Problema com a presa que cresceu inadequadamente. Nenhum outro problema conhecido. Nenhum exame foi feito.
No recinto ao lado dos elefantes asiáticos no Ecoparque Mendoza, cerca de 100 metros de distância, está Kenya, a elefanta africana solitária. Ela também vem com um histórico de arremesso de pedras e comportamento agressivo. Durante nossa primeira visita ao ecoparque, quando nos aproximamos, ela se escondeu no seu abrigo de concreto, fora do nosso campo de visão. Quando ela saiu, ela ficou de pé encarando uma de suas únicas companhias, um elefante pintado num mural no muro de concreto. Ela parecia calma, mas distante. Nos avisaram que por algumas semanas ela estava ansiosa, andando de um lado para o outro e empurrando esse muro.
Seu recinto externo era um semi-círculo de terra batida parecida com calcário triturado. Nada de terra solta ou areia, mais como calcário triturado, que é virtualmente impossível de cavar e jogar sobre si mesma. Nenhum pedaço de madeira, nenhum brinquedo, somente um pouco de mato, capim, e seu mural de elefante. Ela é grande, imponente com suas orelhas africanas dramáticas e lindas, e com alguns quilos extras. Seus olhos são brilhantes, radiantes, e não combinam com sua reputação. O Scott andou para a área atrás do seu mural, onde ela tem um abrigo de concreto com um portão soldado.
Essa será sua saída para o santuário, mas naquele momento, era onde ele podia vê-la de perto. Ela sacudiu sua tromba na direção de outro membro da nossa equipe, claramente dizendo para ele se afastar. Nós escutamos e ela respondeu se acariciando. Ela ficou sacudindo sua tromba gentilmente contra sua orelha, sua pata ou pescoço. O Scott respondeu elogiando-a por ser uma boa menina, por nos mostrar seu lado doce e vulnerável e por seu reconhecimento de que nós escutamos quando ela pediu que nos afastássemos.
Elefantes, mesmo nesse ambiente, querem se comunicar. Querem ser ouvidos e querem ouvir. Quando respondemos às suas sugestões sutis, eles se comunicam ainda mais e começam a construir confiança. Devido à profundidade de seu sofrimento no cativeiro, isso pode levar anos, e raramente é um processo linear. No momento, um só dia não foi suficiente, mas pelo menos ela pode ver que estamos escutando. Frequentemente, quando visitamos novos elefantes, somos observadores silenciosos. Sentimos que devemos seguir nossa intuição. Ontem, quando esses quatro preciosos abriram seus corações através de comunicação vocal e física, meu corpo respondeu sem premeditação, se unindo a eles para que soubessem que estamos aqui e estamos escutando.
O Santuário de Elefantes Brasil (SEB) é uma organização sem fins lucrativos que ajuda a transformar as vidas e o futuro dos elefantes cativos da América do Sul, devolvendo a eles a liberdade de poder ser quem querem e merecem ser – elefantes.