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CACHORROS DO SEB

Nós sempre brincamos: O que é um santuário de elefantes sem cachorros? Para nós os dois andam juntos. Nós resgatamos os que precisam ser resgatados, e isso às vezes inclui um cão ou dois. É parte dessa terra ser um santuário para todos e tudo.

Minnie & Molly

Aproximadamente 7 anos de idade
Quando chegamos à propriedade, encontramos duas cadelas que haviam sido deixadas para trás pelos antigos donos. Sendo o que somos, decidimos tentar ganhar sua confiança, apesar de que no início elas fugiam se olhássemos para elas.

Molly foi a primeira a decidir nos aceitar. Minnie, sua companheira de ninhada, levou mais tempo. No entanto, percebendo o conforto da Molly, ela começou a nos aceitar também. Quando seus donos sugeriram voltar para pegá-las, todos concordamos que o santuário era o seu lar. Enquanto a Molly não consegue entender o conceito de espaço pessoal e prefere ir de quadriciclo para o galpão, a Minnie é uma doçura com a quantidade suficiente de juventude e energia para o Bugsy. Elas são cadelas fenomenais, mas ainda ficam um pouco relutantes perto de estranhos, principalmente homens. Como com os elefantes, a recuperação é resultado de trabalho constante, e elas continuam a evoluir.

Minnie
Molly
Molly, Minnie e Bugsy

Bugsy

Aproximadamente 5 anos de idade
Bugsy tinha mais ou menos 6 meses quando o encontramos à beira da estrada no início de 2017. Quando passamos por ele, não sabíamos o que era, mas paramos e vimos um filhote coberto de sarna e spray prateado usado para insetos no gado. Porque ele estava com uma doença contagiosa, foi mantido separado dos outros cães e mostrou que era um dos filhotes mais bem comportados que jamais vimos, saindo da sua casca rapidamente.

Ele agora tem a maior parte de seu pêlo de volta (ele estava completamente pelado e desenvolveu um segundo tipo de sarna depois que a primeira foi curada) e está bem saudável. Bugsy é um cão incrivelmente leal e exuberante. Ele nos acompanha quando vamos dar a refeição noturna para os elefantes, nos protegendo das antas, mas senta-se e espera fora do curral ou na estrada para não interferir com a vida selvagem. Quando voltamos para perto dele, ele corre da mesma maneira que o fazia quando filhote, com seu corpo indo em todas as direções. Minnie é sua companheira de brincadeira que o ajuda a controlar sua energia e Goomba compartilhava seus brinquedos, o que deixa o Bugsy muito feliz. Ele é o nosso cão de guarda, aquele de quem nossos vizinhos têm medo, mas é seu melhor amigo quando conhece você.

GATOS DO SEB: Bodhy & Saffy

Aproximadamente 8 anos de idade
Bodhi e Saffy foram deixados numa caixa para nós quando moramos mais no norte do Brasil, em Guarantã, enquanto ainda estávamos procurando por uma propriedade para o santuário. Nós comentamos que sentíamos falta de nossos cães, portanto alguém nos trouxe dois gatinhos. Eles estavam cobertos de pulgas e fungos, e chegaram num domingo quando não havia nenhuma loja aberta e nosso estoque de comida vegana não tinha nada para eles.

Eles são gatos surpreendentes. Bodhi é um típico filhote: grande personalidade, mas super amigável. Definitivamente não tão esperto quanto sua irmã (são da mesma ninhada), mas ama todos e tudo. Saffy é sossegada (gosta de pegar carona no carro), mas mais amorosa. Enquanto Bodhi só é amoroso quando estiver frio lá fora (10 a 15 graus), Saffy é sempre carinhosa. Ela geralmente fica deitada em poses que não são muito adequadas para uma senhora, mas é uma boneca. Todas as noites eles dormem na cama dos cães depois de um pouco de carinho mútuo.

AS CABRAS: Jorgina & Sally

Aproximadamente 2 anos de idade
Essas duas são um equilíbrio perfeito de problemas e alegrias. Supostamente irmãs, elas vieram de alguém que vendia leite de cabra e estava pronto para se livrar delas para que parassem de beber o leite de sua mãe. Nunca tivemos cabras antes, mas sempre as amamos de longe. A Sally e a Jorgie nos tem ensinado muito. A Sally e a Jorgina chegaram amedrontadas, e não conseguíamos tocá-las. Com toda a forragem natural para elas comerem, comida não era um bom motivador. Elas ficaram no recinto vazio de antas até que se acostumaram um pouco. Então nós as deixamos livres para curtir a área cercada. O estranho foi que, assim que ganharam aquele espaço, elas se abriram. Em poucos dias elas pararam de fugir de nós e começaram a correr em nossa direção super rápido.

Dizem que cabras comem de tudo, mas isso não é verdade. Elas não comem suas vitaminas nem os remédios formulados em cubos de açúcar. No entanto, o óleo de motor e detergente em pó da lavanderia são duas coisas que elas adorariam experimentar. De todas as coisas que lemos e ouvimos sobre cabras, ninguém nos contou que jamais poderíamos andar normalmente no pátio novamente. Se elas puderem, elas acham uma maneira de se encostar em nós a cada passo que damos. Duas vezes por dia, elas ficam meio malucas. Durante 15 minutos, elas pulam em todas as superfícies possíveis, derrubam coisas, correm por tudo, espantam as galinhas. Depois disso, é hora de dormir na cama dos cachorros. Uma das melhores coisas sobre elas é que fazem as pessoas amá-las. Todos os nossos funcionários da manutenção agora as agradam e falam com elas, principalmente porque a Sally e a Jorgie querem que o façam. Enquanto a Jorgie adora que a acariciem entre os chifres, a Sally prefere ser acariciada no pescoço. Ambas amam deitar com qualquer humano que o permitir. Não há um dia em que elas não nos façam rir. Elas são um presente maravilhoso.

OVELHA: Milo

Aproximadamente 1 anos de idade
Um carneiro órfão que foi trazido para nós com 7 dias de idade. Ele chegou doentinho, mas está muito melhor e gosta de dormir nas camas dos cães na sala e conhecer as outras criaturas do nosso santuário.

AMIGOS DE PENAS

Uma variedade de idades, tamanhos, cores e personalidades. Quando nos mudamos para a propriedade, todas as galinhas e todos os cachorros deveriam ter saído. Nós chegamos, e eles ainda estavam aqui. Havia um plano para removê-los. Bem…depois que você começa a alimentá-los, dá nomes a eles tentando torná-los seus amigos, tudo muda. Definitivamente são muitas galinhas, mas elas são tão individuais e maravilhosas que é impossível dar uma, sabendo que elas se transformarão em alimento – isso é o que elas são nesta parte do país.

Alimentá-las parece ser uma cena do Mundo dos Dinossauros, mas elas trazem muita alegria. Nem o Scott nem eu gostávamos muito de galinhas inicialmente, mas aprendemos muito e elas são professoras muito pacientes. Galinhas são espertas, afetuosas e engraçadas, mas o que realmente impressiona é que são mães muito devotadas e abnegadas. Elas literalmente dão toda sua comida a seus pintinhos e passam o tempo todo cuidando deles. Elas são muito especiais e somos gratos aos primeiros residentes do Santuário de Elefantes do Brasil – nossas galinhas.

EM MEMÓRIA DOS NOSSOS AMIGOS DO SANTUÁRIO

Maggie

Goomba

Maggie morreu em janeiro de 2019 depois de ser uma guardiã e amiga por 17 anos. Maggie era um cão abandonado que apareceu no meio da rua em Tennessee e foi o cão do Scott. Sempre considerou o quadriciclo do Scott como seu, e algumas vezes não deixava ninguém chegar perto. Quem conheceu a Maggie no Tennessee lembra que ela costumava provocar as pessoas para acariciar sua barriga só para poder beliscá-los. Ela nunca mordia, mas adorava assustar as pessoas. Os que a conheceram no Brasil viram uma Maggie carinhosa, meio surda e com visão limitada, mas sempre pronta para brincar. Ela estava determinada a viver até os 18 anos quando dissemos para ela que não teria que seguir regras.

Depois de 11 anos acreditando que era dono da Kat, Goomba morreu em agosto de 2019 depois de perder sua luta contra o câncer. Ele está enterrado embaixo de um jasmim perto da varanda da Kat e do Scott. Goomba apareceu no santuário em Tennessee quando tinha somente dois anos. Ele estava literalmente no meio dos nossos outros 10 cães e quando a Kat subiu no quadriciclo para ir alimentar os elefantes, o Goomba pulou em cima dela e a Kat foi sua humana até o fim. Ele foi um excelente exemplo para as jovens Minnie e Molly em termos de comportamento em torno dos elefantes e respeito ao seu espaço. No final, Goomba teve problemas cardíacos e de coluna, e teve que desistir de correr pela propriedade, tornando-se um cão de sofá, passando o dia em companhia de sua humana. (Assista → Caminhadas com a Goomba)

Clyde Kitty

Após anos aprendendo a ficar mais confortável com as pessoas, Clyde ficou doente e foi levado ao veterinário. Durante sua estadia no hospital, ele finalmente aprendeu a aceitar carinho. Infelizmente, quando estava para voltar para casa, ele faleceu. O Clyde Kitty era um gatinho abandonado que encontramos perto do habitat dos elefantes. Lentamente ele foi chegando em casa e ficava no depósito vazio no meio do caminho. Inicialmente ele ficava entre três propriedades, e depois, só entre duas propriedades – a nossa e a da antiga veterinária do SEB (nossa veterinária que morava com o marido na propriedade, a 20 minutos de distância). O Clyde estava sempre mais próximo de nossos gatos do que dos humanos. Ele adorava o Bodhi e eles brincavam juntos, se limpavam, e dormiam no sol durante o dia. O Clyde foi ferido em 2019, aparentemente prendeu seu rabo em alguma coisa e perdeu metade dele. Nós colocamos sedativos na comida, conseguimos pegá-lo e levá-lo para o veterinário para amputar a maior parte de seu rabo e para esterilizá-lo. Ele ficou na nossa casa durante a recuperação, mas não gostou de ficar conosco. Com o tempo sua aceitação cresceu, mas ele ainda não deixava que o tocássemos. Ele nos seguia nos jardins (os outros gatos ensinaram isso a ele) e já estava entrando na nossa casa para refeições, contanto que não fechássemos a porta. Ele nunca deixou que o tocássemos, mas tudo bem. Ele era um gato engraçadinho com lindos olhos, uma barriga grandinha que era muito exigente nas horas das refeições. Nós o amávamos do jeito que ele era.

Frederick

Em março de 2020, Frederick deitou-se pela última vez num pasto sereno perto do habitat africano. Vamos sentir falta de seu focinho cinza e suas saudações matinais. Muitos de vocês sabem tudo sobre ele, pois adoramos compartilhar as histórias de todos os nossos residentes. Essa não é uma boa notícia, mas pedimos que vocês tentem não ficar tristes – pelo menos não por ele. Quando chegamos na propriedade, o Frederick estava ansioso e desconfiado. Seus antigos donos o usaram uma última vez para reunir o gado, e tiveram que laçá-lo. Ele literalmente tentava correr através e por cima das pessoas. Ele tinha feridas causadas por uma sela não ajustada apropriadamente e cicatrizes em vários lugares. Ele não queria ser tocado. Queria que o deixassem em paz. Portanto, no início nós lhe demos espaço. Lentamente ele começou a se aproximar, a mostrar interesse nos dois novos humanos na propriedade. Tentamos vários petiscos diferentes de cavalo para ajudar a construir um relacionamento, mas ele não gostou de nenhum deles. Uma tarde, de brincadeira, eu ofereci uma batata Pringles, e foi o primeiro petisco que ele aceitou. Foi então que percebi que ele era meu menino (tenho problemas com sal), e daí em diante tudo mudou. O Frederick ficava por perto da varanda, esperando por um petisco (que mudamos para ração apropriados para cavalos sênior/idosos), e relinchava quando nos via, antecipando algo gostoso. Esse som sempre será um dos nossos ruídos favoritos.

Ele começou a deixar que o tocássemos e percebeu que não queríamos machucá-lo. Deixamos que sua crina crescesse, e ele parecia muito orgulhoso de seu cabelo comprido – ele andava com uma nova confiança. Ele foi de um cavalo inseguro, fechado, ao grande chefe do local, que queria que todos vissem como ele era fantástico. Sua confiança em nós cresceu, e ele começou a permitir que o escovássemos, cuidássemos de suas feridas, tirássemos espinhos presos na sua crina – algo que ele aprendeu a gostar.  Isso nós frequentemente fazíamos no final do dia, e o Frederick adormecia. Esse era um momento precioso para todos nós. Sua técnica para comer manga era terrível: ele não comia os caroços, mas mastigava a manga até que o suco e pequenos pedaços caíssem de sua boca enquanto fazia ruídos com os lábios. Isso realmente o fazia feliz, e nos fez rir em muitos finais de dia quando saíamos para caminhar com os cães. 

Frederick era dono da propriedade. Ele a conhecia melhor do que nós dois, agia como se fosse o prefeito, mas vinha todas as manhãs para ver o sol nascer e tomar o café da manhã com o Scott. Nós o víamos frequentemente durante o dia, principalmente quando o galpão do habitat africano começou a ser construído. Novamente, ele achou que era dono do lugar. Mas o  Frederick era um cavalo velho. De acordo com seu dono, ele tinha pelo menos 25 anos quando nos mudamos para a propriedade. Ele estava grisalho e era muito engraçadinho, mas nunca perdeu sua personalidade independente, o que aceitamos. Era parte dele, e não queríamos mudar isso. Nunca tentamos cavalga-lo; ele mostrou claramente que não curtia essa parte da sua vida. Ele simplesmente passeava pela propriedade, pastava constantemente, vinha quando precisava de carinho e comida, vivendo uma aposentadoria excelente para um cavalo. 

Cinco anos atrás, timidamente perguntamos se poderíamos manter o cavalo que estava na propriedade, e os antigos donos disseram que sim. Ficamos muito felizes. O Frederick era encantador, e tentar recuperá-lo nos trouxe serenidade e nos ajudou a perceber que estávamos lutando para conseguir que tudo funcionasse, mesmo que às vezes nos sentíssemos emocionalmente derrotados. Ele nos ajudou muito, fazendo-nos sorrir quando começou a desabrochar. Esperamos que, como com todos os elefantes, pudemos lhe dar pelo menos um pouco do que ele nos deu. Vamos sentir muita falta dele, mas não estamos tristes por ele. Sabemos que tivemos muita sorte de termos uns aos outros.

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O SEB

O Santuário de Elefantes Brasil (SEB) é uma organização sem fins lucrativos que ajuda a transformar as vidas e o futuro dos elefantes cativos da América do Sul, devolvendo a eles a liberdade de poder ser quem querem e merecem ser – elefantes.

 

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Santuário de Elefantes Brasil

elefantesbrasil

Em determinados momentos do dia, os tratadores pod Em determinados momentos do dia, os tratadores podem incentivar as elefantas a se moverem para um recinto vizinho, para que o espaço possa ser limpo com segurança ou para permitir a realização de tarefas de manutenção. Também aproveitamos esses momentos para “decorar” os recintos vazios com pequenas surpresas — petiscos variados que deixamos espalhados para que elas possam explorar e encontrar.

Em uma tarde recente, Kat estava verificando se todos os portões que conectam os recintos estavam devidamente abertos ou fechados, conforme a necessidade de cada área. Depois do jantar, Guillermina avistou Kat perto da cerca e caminhou até ela, aparentemente na esperança de ganhar um petisco. (Por coincidência, Kat tinha uma banana sobrando, então Guille ganhou um lanchinho extra enquanto suas amigas terminavam o feno.)

O vídeo mostra Guille indo na direção de Kat, com seu passo leve e aquele charme característico no caminhar. Sua cadência particular lembra bastante a das elefantas africanas — algo que se nota também observando Kenya. Logo depois, Maia e Bambi se juntaram a Guille perto da cerca, e as três trocaram algumas vocalizações antes de seguirem juntas para a mata, talvez em busca de algumas daquelas “decorações” deixadas com tanto cuidado pelos tratadores.

#elefantes #elefantesbrasil #seb #santuariodeelefantes #santuariodeelefantesbrasil #vempramanada #chapadadosguimaraes #matogrosso #guille
Para muitos elefantes que viveram em cativeiro, co Para muitos elefantes que viveram em cativeiro, como Kenya, a chegada ao santuário representa um novo começo — uma oportunidade de se descobrir e redescobrir quem realmente são.
A imensa maioria dos elefantes atualmente em cativeiro nasceu na natureza. Quando são capturados ainda muito jovens e colocados em ambientes artificiais, perdem a chance de praticar comportamentos instintivos e de aprender as lições que receberiam de sua manada. São forçados a crescer em um mundo estranho, desconhecido — e, muitas vezes, completamente sozinhos.

Kenya foi tirada da natureza e passou 40 anos sozinha em um recinto que jamais poderia se comparar ao ambiente selvagem para o qual foi feita. É impossível imaginar plenamente o que ela sentiu ao dar seus primeiros passos no santuário, mas percebemos rapidamente as transformações que ocorrem quando um novo residente começa a retomar comportamentos e ritmos naturais de uma vida mais livre.

Com o tempo, eles se reconectam com o verdadeiro significado de ser um elefante. Instintivamente, aprendem a cuidar de si mesmos — rolando na lama, cobrindo o corpo com poeira, se esfregando nas árvores e procurando alimento pelo habitat. Também redescobrem que sua voz importa e passam a expressar suas emoções complexas e vibrantes com cada vez mais confiança.
É sexta-feira de EleFact novamente, e nesta seman É sexta-feira de EleFact novamente, e nesta semana vamos falar sobre algo que todos nós fazemos — talvez até todos os dias: bocejar. O bocejo espontâneo pode ser observado na maioria das classes de vertebrados, incluindo os elefantes. Mas será que os elefantes são capazes do chamado “bocejo contagioso”?

Todos já passamos por aquela situação em que alguém ao nosso lado boceja — e logo em seguida, bocejamos também. Às vezes, basta ouvir outra pessoa bocejar para “pegar” o bocejo. Estudos mostraram que cães e chimpanzés podem bocejar em resposta a humanos, mas será que o mesmo acontece com os elefantes? Algumas pesquisas sugerem que sim, que um elefante pode bocejar em resposta a um humano com quem tenha uma relação próxima.

Pesquisadores que estudam os padrões de sono dos elefantes observaram que eles costumam bocejar ao acordar, especialmente à noite. Acredita-se que o bocejo ajude a “despertar” o cérebro após um sono profundo ou talvez a resfriá-lo após um período de inatividade. O bocejo contagioso, por sua vez, está associado à empatia — e como os elefantes formam laços sociais duradouros e são conhecidos por seu comportamento empático, faz sentido imaginar que também possam “pegar” um bocejo de outro ser.

Pesquisadores que estudavam elefantes em cativeiro na África do Sul criaram situações em que os tratadores fingiam bocejar para ver se os elefantes imitariam o gesto. Os bocejos encenados — que certamente renderam boas risadas — trouxeram resultados positivos. Os cientistas observaram elefantes “pegando” bocejos de outros elefantes e, em alguns casos, até bocejando em resposta a humanos. Isso pode ter ocorrido devido à proximidade entre tratador e elefante, mas também pode ser um exemplo de comportamento empático.

Por aqui, nunca observamos bocejos contagiosos entre elefantes e humanos — mas, convenhamos, quando estamos sonolentos, essa também não é exatamente uma das coisas que estamos procurando notar.
Kenya tem vivido alguns momentos mais leves ultima Kenya tem vivido alguns momentos mais leves ultimamente e, embora saibamos que ela ainda esteja de luto por Pupy, tem feito o possível para buscar lugares e coisas que lhe tragam conforto. Ela tem seus momentos de quietude, mas, no fundo, é uma elefanta alegre — e isso transparece.

Pela manhã, enquanto os tratadores se preparavam para o café, encontramos Kenya próxima ao “Club Mud”, no Recinto 1. Em vez de ir imediatamente até a cerca para receber sua comida, ela decidiu brincar um pouco, espalhando lama por todo o corpo. O lamaçal tem um sistema de abastecimento contínuo de água, permitindo que Kenya se refresque à vontade — e, às vezes, a bagunça é deliciosa.

Quando nos aproximamos para deixar seus petiscos perto da cerca, vimos que ela estava soprando bolhas na lama. É possível ver um pequeno trecho disso no início do vídeo, mas ela parou assim que chegamos (claro). Avisamos onde havíamos deixado sua refeição, mas ela preferiu aproveitar mais dez minutos relaxando na água fresca.
As interações entre Maia, Guille e Bambi às vez As interações entre Maia, Guille e Bambi às vezes tendem a girar em torno de Bambi, já que ela é a mais fisicamente vulnerável das três e parece querer suas amigas por perto na maior parte do tempo. Quase parece que o principal objetivo de Maia é garantir que Bambi se sinta segura e não fique sozinha. Guillermina também tem uma abordagem delicada com Bambi, e elas compartilham momentos especiais juntas — geralmente pastando ou descansando lado a lado na sombra.

Ao longo dos anos, Bambi e Maia assumiram naturalmente seus papéis de “tias”, e Guille parece valorizar muito o papel que ambas desempenham em sua vida.

Mas o fato de Maia e Guille quase sempre permanecerem ao lado de Bambi não significa que não tirem um tempo para si mesmas. Há muitas ocasiões em que as duas, as mais enérgicas do trio, procuram a companhia uma da outra. O lago é um ótimo lugar para brincadeiras, e Maia e Guille costumam se submergir mais na água do que Bambi, que geralmente prefere as partes rasas. Neste vídeo, Maia (à esquerda) e Guille (à direita) caminham e beliscam o capim a alguns metros de Bambi. A linguagem corporal de Bambi indica que ela está relaxada, e até se afasta delas sem verificar se estão seguindo — um reflexo da segurança que sente ao redor das duas, confiando plenamente que não irão muito longe.

P.S.: Aqui é possível observar bem os rabos das três elefantas. Guille tem o mais peludo de todos os elefantes do santuário (embora Rana esteja se esforçando para fazer o dela crescer ultimamente). O de Bambi tem alguns pelos, mas o de Maia é quase metade do comprimento e sem pelos. Não sabemos qual trauma causou o encurtamento, mas seu rabo ainda cumpre suas funções perfeitamente — ela é excelente em espantar moscas.
Ainda não sabemos com precisão o número de elef Ainda não sabemos com precisão o número de elefantes que vivem em cativeiro, embora pesquisadores façam um excelente trabalho para identificá-los. Estima-se que existam entre 15.000 e 18.000 elefantes em cativeiro no mundo, sendo a maioria asiáticos (16.000–17.000) e cerca de 1.000 africanos. Eles vivem em zoos, santuários, acampamentos madeireiros e instalações turísticas, principalmente na Ásia.

Quando decidimos abrir o Santuário de Elefantes Brasil, sabíamos da existência de dezenas de elefantes precisando de um lar na América do Sul, número hoje menor devido ao envelhecimento e à falta de reprodução. Apesar do avanço da região, ainda há elefantes em zoos, circos e propriedades privadas, e libertá-los quase nunca é simples — muitas vezes requer anos de negociações e ações judiciais. Mesmo assim, todo esforço vale a pena se pudermos oferecer liberdade a mais um ser.

A Global Sanctuary for Elephants (GSE) recebe pedidos de ajuda para elefantes em todo o mundo e conta com uma ampla rede de especialistas. Embora nossa atuação direta se concentre na América do Sul, há ferramentas simples que qualquer pessoa pode usar para defender um animal:

Crie uma comunidade. Espalhe informações e incentive o diálogo — a educação inspira ação.

Pesquise. Identifique organizações locais e entre em contato com zoos ou autoridades. Cartas e ligações ainda têm impacto.

Aja localmente. Grupos comunitários e cidadãos engajados podem gerar mudanças reais.

Use seu conhecimento. Evite circos, passeios ou “santuários” turísticos. Essas práticas tiram a autonomia dos elefantes.

Não condene o passado. Todos podem aprender e mudar.

Apoie organizações sérias. Verifique se são sem fins lucrativos e certificadas — como a GSE, uma das três no mundo acreditadas pela Global Federation of Animal Sanctuaries.

Defender os animais pode parecer uma tarefa enorme, mas a empatia e os corações abertos têm o poder de transformar vidas — para sempre.
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